Quem aguenta trabalho chato? Curso chato? Marketing chato? E ultimamente, live chata? A verdade é que ninguém mais aguenta chatice.

Mas mesmo com o momento complexo que estamos vivendo, tudo leva a crer que o futuro será muito mais divertido!

Quando olhamos para o mundo do entretenimento conseguimos claramente ver a evolução que teve! Hollywood mudou a indústria de filmes. A Sony Music mudou a indústria da música. A Atari criou o mundo dos jogos! Mas alguns lendo isso agora nunca nem devem ter visto um Atari. E isso porque essas mesmas indústrias sofreram revoluções quase recentes com Netflix, Spotify e jogos de Realidade Virtual.

E a reflexão que eu quero iniciar aqui começa com a seguinte pergunta: qual dessas indústrias tem o maior engajamento e faturamento?

Pode ser novidade e até chocante para alguns. Mas é a de games. A indústria de games passou o faturamento global das indústrias de cinema e música…JUNTAS!

Então alguém pode pensar: “e daí?” “Eu nem gosto de video game”, “Video game é coisa de nerd”, “Video game é coisa de quem não tem amigos” ou “Eu ainda prefiro filmes e música”.

Mas se tu parares bem para pensar verás que tem uma coisa que todos nós gostamos…JOGOS! E não precisa ser jogos de video game. Podem ser jogos de tabuleiro, esportes, jogos de festas e por aí vai.

Se rapidamente refletirmos o porquê nós jogamos? Rapidamente viremos com as seguintes respostas: para se divertir, para se desestressar, para socializar ou para masterizar o jogo.

E o que tem então nos jogos que nos engajam tanto?
O que podemos aprender com games?
Uma indústria que só cresce, que não tem crise que abala.

Jogando video game desde os 4 anos de idade. Jogando RPG (Role-Playing Game) desde a 6a série. Atuando como CEO de uma empresa de desenvolvimento de jogos e como Vice Diretor da Vertical Games da ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia) em anos recentes. Organizando anualmente o Stun Game Festival. Experiências que me fizeram emergir no mundo dos games com um olhar diferente. Estudando o segredo por trás do engajamento dessa indústria. É aí que chego ao conceito de gamificação. Algo que de verdade não é nem tão novo. Mas que tem um potencial subutilizado dentro das empresas.

Gamificação é: usar elementos de jogos para adicionar diversão às tarefas e atividades que normalmente não são divertidas.

Engajamento é: o ato de participar colaborando com alguma coisa é o nível de envolvimento, interação, intimidade e influência de uma pessoa em relação a uma marca, produto ou serviço.

Dessa forma apresento aqui o primeiro artigo sobre o que o mundo da gamificação!

E para começar precisamos entender os elementos de um processo ou projeto gamificado. O que precisamos para dar vida a gamificação e ao engajamento.

Um processo gamificado deve ser divertido! E essa é obviamente uma das principais razões pelo qual o engajamento aumenta. Uma gamificação mal feita e sem diversão vai falhar em seu objetivo. Além disso, vamos lembrar que estamos falando de jogos. Jogos além de serem divertidos, os jogadores são voluntários. Jogam se querem. Ninguém é obrigado a entrar em um jogo. E isso é outro motivo que faz o engajamento aumentar. A escolha é do jogador.

Não apenas o engajamento é alto em jogos mas também podemos passar muitas horas jogando, mesmo não sendo necessário sermos forçados ou pagos. Isso ocorre porque nosso cérebro precisa das experiências que o jogo proporciona e esse estímulo provoca a liberação de dopamina que é uma substância associada ao prazer e é exatamente isso que a gamificação busca fazer dentro de um ambiente corporativo.

A composição de um game e mostra qual o papel dos elementos, que estão divididos entre dinâmica, mecânica e componentes.

Para compor um processo gamificado dividimos os elementos em três:

Dinâmicas: estão associadas às experiências. É responsável por construir a coerência do jogo. Encontramos na dinâmica os elementos de emoções, regras, narrativa e progressão.

Mecânicas: estão relacionadas com a ação do jogo, e os elementos são: desafios, chance, cooperação, competição, feedback, recompensas e transações.

Componentes: formam o jeito como a dinâmica e a mecânica serão representadas. São eles: conquistas, avatar, badges, chefões, coleções, ranking, níveis, pontos, campanhas, equipes, social e itens.

Essa conversa sobre gamificação não para por aqui, ainda falaremos sobre os tipos de motivação, de jogadores, benefícios e cuidados. Ainda vou apresentar cases globais e meus próprios cases.

O futuro é muito mais divertido! É hora do jogo! #apertastart